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Deborah Secco desabafa sobre a profissão em entrevista: “É uma carreira difícil”

No inicio de 2015, Deborah Secco precisou se afastar da televisão para exercer o seu melhor papel: o de mãe! A sua volta as telinhas aconteceu timidamente em Malhação – Pro Dia Nascer Feliz (2016), onde tinha um ritmo tranquilo de gravações e conseguiu ficar mais tempo com a filhota Maria Flor.

Porém, em 2018 a atriz voltou com tudo, não só nas telinhas como também nas telonas do cinema. A intérprete da vilã Karola na novela das 21h Segundo Sol também estará nos cinemas a partir de julho na comédia Mulheres Alteradas.

Em entrevista exclusiva ao OBSERVATÓRIO DO CINEMA, a atriz abre o coração e fala sobre o filme, a trama de João Emanuel Carneiro, o seu casamento com o também ator Hugo Moura, além de curiosidades sobre a sua carreira e muito mais.

Confira a entrevista com Deborah Secco:

No próximo dia 5 de Julho estreia nos cinemas o filme Mulheres Alteradas. O que podemos esperar dessa comédia?

Mulheres Alteradas não é aquela comédia que as pessoas estão acostumadas, ela vem com uma proposta diferente e que vai surpreender as pessoas. É um filme que fala do cotidiano de quatro mulheres: Keka (Secco), Marinati (Alessandra Negrini), Leandra (Maria Casadevall) e Sônia (Mônica Iozzi), onde elas estão em um momento de transformação. A minha personagem enfrenta uma crise no casamento e está lutando para que a separação não aconteça. O filme aborda conflitos que muitas mulheres estão enfrentando ou vão enfrentar, mas de forma humorada. Cada personagem na verdade vive o que todas as mulheres passam em determinadas épocas das suas vidas.

Como foi o seu trabalho de composição da personagem para o filme?

Eu me entrego para a personagem, eu acho muito importante o trabalho de composição, pois eu preciso entender as ações e atitudes dessa pessoa para conseguir passar verdade. Viver a Keka é tentar entender os motivos pelos quais ela tenta salvar esse casamento fracassado, ainda mais por eu ser totalmente o oposto dela. O processo de preparação ajuda bastante para o resultado final de um trabalho.

O filme Mulheres Alteradas é protagonizado por Deborah Secco, Alessandra Negrini, Maria Casadevall e Mônica Iozzi. (Foto: Reprodução / Internet)

A Keka deseja salvar o casamento com o marido Dudu (Sergio Guizé). Até aonde vale a pena tentar salvar uma relação fracassada?

Olha, eu sou daquele tipo de pessoa que não consegue ficar empurrando um relacionamento, aliás, sou pessimista quanto a isso. Se a relação começa a ficar ruim eu quero conversar logo, falar das minhas insatisfações, mas se eu perceber que é inútil eu vou fazendo com que a própria pessoa desapegue, onde o término da relação é inevitável. No caso da Keka eu jamais me submeteria a fazer o que ela faz. O personagem do (Sergio) Guizé é muito descansado, ele não demonstra esforço para salvar essa relação e muitos casais infelizmente passam por esse mesmo problema.

Em Mulheres Alteradas você divide o protagonismo com as atrizes Alessandra Negrini, Monica Iozzi e Maria Casadevall. Como foi a relação de vocês durante a preparação e as gravações do filme?

Imagina, não tem essa de protagonismo. Todos os personagens são importantes, essenciais para contar essa história linda. Acredito que o filme vem em um bom momento e o público vai se identificar com essas mulheres. As gravações foram uma farra. É muito bom poder trabalhar com amigos. Eu e a Lele (Alessandra Negrini) já havíamos nos aproximado na época de Boogie Oogie (Novela). A Maria e a Mônica são umas queridas. O elenco todo é muito unido e essa união será notada no filme.

Atualmente na novela Segundo Sol você interpreta a vilã Karola e em uma entrevista recente você falou da dificuldade em manter o sotaque baiano. Você se cobra muito?

Sim eu me cobro, eu sou capaz de fazer tudo o que tiver ao meu alcance para uma personagem. É a minha profissão, o que eu amo fazer, o que eu sei fazer então eu me entrego. A Karola atualmente não precisa de um tipo físico, então a minha maior dificuldade está sendo com o sotaque, mas o meu marido (Hugo Moura) é baiano, então está tudo certo. Ele me ajuda muito! Também me inspiro na Veveta (Ivete Sangalo) que é genial, então referente a isso eu estou bem. O meu problema com o sotaque é maior porque eu não consigo me ouvir, tenho esse problema com o tom, mas gosto de ser desafiada.


A atriz como a vilã karola ao lado dos seus colegas de cena Emilio Dantas e Giovanna Antoneli. (Foto: Reprodução / Internet)

É visível a sua dedicação pelos personagens. Em 2011 no filme Bruna Surfistinha você chegou a fazer laboratório visitando lugares onde trabalham garotas de programa. Em 2016 no filme A Estrada do Diabo, você engordou 11kg para dar vida a Laura e logo após o filme, eliminou tudo em apenas 40 dias, só para citar alguns exemplos. Como é pra você esse momento de preparação? E você sofre para se desligar de uma personagem?

Eu me entrego de tal forma que já fiz muitas coisas e não me arrependo, pois ser atriz é o meu ofício. Agora sofrer eu não sofro. Eu procuro depois de um papel me reciclar, descansar um pouco para voltar com disposição e energia renovada.

Você está prestes a completar 31 anos de carreira e sempre muito requisitada tanto no cinema, quanto na televisão e no teatro. Ao longo da sua trajetória, você poderia destacar uma personagem em cada área que mais te marcou e por quê?

Difícil… Bom, no teatro o espetáculo Uma Noite Dessas foi a realização de um sonho. Eu fiz 34 personagens, foi uma loucura, mas uma loucura prazerosa. No cinema eu não tenho como escolher entre a Bruna Surfistinha e o Boa Sorte, foram filmes que me exigiram muito. Já na televisão a Darlene de Celebridade ditou moda. Já a Sol de América me marcou bastante, eu gravava muito, mas foi um período de grande aprendizado.

O seu marido Hugo Moura também está atuando em Segundo Sol. Mesmo vocês não contracenando juntos, vocês ‘trocam figurinhas’ sobre a novela?

Muito. O Hugo é um parceiro incrível. Claro que sabemos separar o profissional do pessoal, mas quando você tem uma pessoa linda do seu lado tudo fica melhor. É uma troca constante e não só sobre a novela, mas sobre outros trabalhos, sobre a nossa profissão como um todo.

A atriz ao lado do marido Hugo Moura e da filha Maria Flor (Foto: Reprodução / Instagram)

Ser mãe sempre foi um sonho e a Maria Flor foi mais do que isso. Hoje tudo o que eu faço é pensando nela. É um amor indescritível que só quem é mãe sabe. Ela mudou toda a minha vida para melhor.

Mesmo com uma carreira consolidada, você já pensou em desistir da carreira de atriz?

Após o nascimento da Maria Flor eu cogitei dar um tempo, não desisti, mas sim priorizar mais a minha família e até mesmo para eu entender direito o que eu queria daquele momento em diante. Em outros momentos também pensei em desistir, pois é uma carreira muito difícil e às vezes é comum bater uma insegurança.

Faça um convite para os internautas do Observatório de Cinema assistirem Mulheres Alteradas.

Aos internautas do Observatório de Cinema, dia 05 de julho estreia uma comédia que não fará apenas vocês rirem, mas também refletirem e se emocionarem. Espero que todos vocês que curtem o meu trabalho e que são apaixonados por cinema embarquem nessa história linda!

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