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Como a nova série derivada de The Walking Dead pode trazer nova vida à franquia

Recentemente foi anunciado que a AMC está produzindo uma terceira série no universo de The Walking Dead, que estreia em 2020. Esta nova série acompanhará duas jovens protagonistas, que são parte da primeira geração de pessoas criadas depois do surgimento dos zumbis. A presidente da AMC, Sarah Barnett, já declarou que o objetivo é “contar mais histórias sobre mulheres complicadas”.

Embora o anúncio tenha sido bem recebido pelos fãs, há quem diga que a franquia está perdendo fôlego. The Walking Dead perdeu os protagonistas Rick e Carl Grimes em suas duas últimas temporadas, e grandes personagens coadjuvantes como Maggie e Jesus também se afastaram. Michonne também deixará o seriado na décima temporada. O primeiro derivado, Fear the Walking Dead, teve que passar por uma reformulação de enredo e elenco, depois de ter problemas para capturar a atenção do mesmo público da série principal.

Há argumentos convincentes de que seria melhor que The Walking Dead acabasse, mas este novo derivado pode revitalizar a série em grande estilo, já que basicamente está explorando um dos elementos de maior sucesso da franquia!

Geração Z

Walking Dead Carl Kills a Kid

Crianças e adolescentes sempre foram uma questão complicada de The Walking Dead. O Carl de Chandler Riggs recebeu muito ótimo por muito tempo, mas também teve momentos marcantes na série, como quando começou a se transformar em um assassino incondicional, totalmente separado do senso comum de empatia e conexão humana que associamos com as crianças.

Crianças continuaram sendo um destaque em The Walking Dead, resultando em outras histórias e momentos infames. Descobrimos durante a quarta temporada, por exemplo, que a jovem Lizzie Samuels era na verdade uma assassina doente que matou sua irmã Mika, e quase fez o mesmo com Judith Grimes. A atitude indiferente de Lizzie sobre esses atos terríveis mais uma vez trouxe o debate do que acontece com as crianças em meio às coisas que acontecem durante um apocalipse zumbi.

The Walking Dead explorou esse tema ainda mais em temporadas posteriores, com personagens como Edith e Alicia Clark de Fear the Walking Dead. O episódio “Scars”, da nona temporada, explorou uma visão sombria de crianças que se tornaram saqueadores zumbis, forçando Michonne a fazer o impensável em uma luta por sua vida.

Moral da história: crianças e morte têm sido uma das misturas mais interessantes de The Walking Dead, razão pela qual esta nova série pode fazer muito sucesso.

As crianças não conhecem o passado

Walking Dead Series 3 Preview Young Kids Zombie Apocalypse

Levando em conta a temática de crianças no mundo de The Walking Dead, a nova série parece focar no que há de melhor nesse tópico.

The Walking Dead muitas vezes traz os personagem refletindo sobre suas vidas antes do apocalipse zumbi e quem eles eram antes disso acontecer. Muito disso está relacionado com a tentativa reestabelecer o que a humanidade era, mas e se você nunca teve contato com uma sociedade anterior ao apocalipse?

Esta nova série de The Walking Dead será capaz de abordar muitas intrigas durante sua primeira temporada, explorando a noção de duas garotas que foram criadas bem longe dos padrões sociais que conhecemos. Não se trata apenas das associações mais obscuras com coisas como matar ou perder entes queridos: é uma noção sócio-filosófica em si. E dada a profundidade com que os fãs reagiram a coisas como a evolução de Carol de esposa espancada a esmagadora de zumbis, essa nova série e suas “personagens femininas complicadas” podem criar conexões emocionais ainda mais fortes com os telespectadores.

Finalmente, dado o atual clima sócio-político, a série seria uma poderosa metáfora de como a geração futura surgirá em um momento de grande divisão social e erosão moral, e todos os problemas que enfrentarão.

The Walking Dead retorna com sua décima temporada em outubro.

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