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Como a Fox lentamente matou a franquia X-Men

X-Men: Fênix Negra, lançado neste ano, deveria ter sido um grande evento cinematográfico, produzindo um efeito similar ao que Vingadores: Ultimato produziu nas pessoas, mas nada disso aconteceu.

A maneira em que a Fox tratou a franquia X-Men ao longo dos últimos anos contribuiu muito para o desinteresse das pessoas com X-Men: Fênix Negra, último filme da franquia que agora vai se juntar ao MCU.

Os X-Men, que iniciaram a febre dos super-heróis nos cinemas com um excelente filme lançado em 2000, foram hoje reduzidos a uma franquia menor e sem graça. Mas porquê isso aconteceu?

Em um artigo, o ScreenRant falou dos motivos que levaram X-Men a se tornar uma franquia desinteressante.

Falta de direção

A verdade é que a franquia X-Men precisava de uma liderança que nunca teve. Em grande parte, o sucesso da Marvel nos cinemas é mérito de Kevin Feige, produtor que comanda toda a parte criativa da franquia e planeja todos os filmes do MCU.

Graças à ele, todos os filmes do MCU são conectados entre si e cada um deles possui uma importância única para a franquia. Já nos X-Men, o que tivemos foram filmes desconexos entre si, reboots, trocas de elenco e diversas outras inconsistências que impediram a franquia de se tornar algo maior e melhor.

Por um tempo, esperava-se que Bryan Singer, diretor de X-Men e X-Men 2, pudesse ser essa pessoa, mas sua saída da franquia em um momento crítico – em X-Men 3 – e seus problemas pessoais acabaram levando os X-Men para um fim precoce e melancólico.

Nenhum destino definido

Outro problema na franquia X-Men é o fato dela não ter um destino pré-definido. Sem planejamento, os filmes dos X-Men acabam saindo do nada e chegando a lugar algum. Todos parecem desconexos um dos outros e não constroem uma história maior. Já na Marvel – maior exemplo de franquia bem sucedida que temos hoje – cada filme do MCU é importante e constrói o caminho para uma aventura climática.

Avaliando os filmes de X-Men – aqui não vamos considerar filmes solo como Deadpool e Logan – percebemos que eles de fato não se conectam como deveriam e não pavimentam um caminho para uma conclusão realmente empolgante, que traga soluções para o arco de seus personagens.

X-Men até começou bem nesse quesito. Os dois primeiros filmes são interessantes e constroem todo o caminho para um terceiro filme que deveria ser bem conclusivo e impactante, mas a saída de Bryan Singer transforma X-Men 3: O Confronto Final em um grande desastre, com tramas confusas e roteiro inconsistente.

Depois disso, a franquia simplesmente vai ladeira abaixo. O filme solo do Wolverine é um grande fracasso – que leva até ao cancelamento do filme solo do Magneto – e a franquia acaba sofrendo um reboot precoce, sem encerrar a história que havia começado de maneira correta.

X-Men: Primeira Classe, que vem logo em seguida, é promissor, mas os filmes que o sucedem são ou confusos demais, como X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, ou simplesmente não empolgam, como X-Men: Apocalipse. No fim, apesar de talentoso, o novo elenco nunca teve roteiros bons para trabalhar e acabou sendo prejudicado pela desorganização da Fox.

No fim, a falta de planejamento e de visão criativa levou os X-Men para um lugar de esquecimento – a fraca bilheteria de X-Men: Fênix Negra comprova isso. Esperamos que a Marvel consiga ressuscitar a franquia da maneira em que ela merece.

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