Críticas

Crítica | Arranha-Céu: Coragem sem Limites

Arranha-Céu: Coragem sem Limites é mais um filme que parece apostar sua bilheteria somente no carisma de Dwayne “The Rock” Johnson. Como era de se esperar, a obra não traz nada novo e, quem viu o trailer, basicamente viu tudo de interessante que tem para se mostrar.

Com a direção de Rawson Marshall Thurber, mais conhecido por comédias como A Mentira, Família do Bagulho e Com a Bola Toda, a produção peca em quase todos os seus momentos ao tentar causar emoções no público. Acerta na parte cômica, que é usada em menos de cinco momentos durante a projeção.  Nas cenas de ação, consegue fazer o espectador prender a respiração somente quando Sawyer, o personagem vivido por The Rock, tenta entrar no prédio em chamas, mas nada mais.

Mesmo prendendo a respiração, nenhum momento não passa um sentimento real de perigo para nenhum dos envolvidos. Sawyer está tentando salvar a sua família e, em nenhum momento, você consegue se convencer de que ele falhará. A premissa fraca para um filme de ação também não ajuda o longa.

The Rock mantém seu padrão de baixa qualidade de atuação, principalmente em cenas onde está sozinho. A única atuação destacável aqui é a de Neve Campbell, mas mesmo isso em meio aos absurdos grosseiros demonstrados, passa despercebido. Todas as situações que envolvem os personagens passam do limite. Dignas de super-heróis, as cenas de ação de The Rock mostram um homem fazendo o impossível sempre que este se mostra necessário. Além disso, sua família também compartilha de seus superpoderes, já que apenas seu filho que tem asma se afeta ao correr por um incêndio de quatro andares.

Todos os vilões da obra são extremamente caricatos. Somado aos outros aspectos, a produção acaba por se tornar, com sorte, esquecível. Nada segura o longa como uma boa produção, já que este se mostrar um grande mais do mesmo até no aspecto fotográfico. Alguns momentos parecem até terem sido mais do que inspirados no primeiro Duro de Matar. Arranha-Céu: Coragem sem Limite pode até chegar ao espectador, mas não mais do que duas ou três vezes em sua mais de uma hora e meia.

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