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Crítica | Godzilla: A Cidade no Limiar da Batalha

Godzilla: A Cidade no Limiar da Batalha chega à Netflix como o segundo longa de animação de uma trilogia. Assim, o filme por si só pode ser confuso, já que é nitidamente episódico. Como uma continuação, funciona bem e deve entreter o público.

A animação é bem feita. Pode se ver bem a emoção das personagens, o que não é tão comum em filmes de menor escala que usam da computação gráfica, que desta vez consegue mesclar bem o 3D com o 2D. Assim, o traço continua bom como já havia se mostrado em Godzilla: Planeta dos Monstros.

A expansão do universo é bastante interessante, e é um dos grandes pontos do filme. A trama se fortalece com os novos conceitos apresentados, que como toda boa ficção científica (embora esta traga bons aspectos fantásticos), acabam discutindo o papel da tecnologia e e seu avanço não só na cultura da humanidade, mas também em seu mutualismo com a natureza.

A discussão dos efeitos do avanço do conhecimento e suas repercussões banham o meio do filme que é o mais interessante do longa, que acaba se perdendo um pouco no final, onde volta ao clássico cultural japonês que traz monstros e robôs gigantes em uma batalha que, ao menos, tem um final surpreendente e interessante.

A dublagem também está bastante acertada, como costumar ser a dublagem brasileira, principalmente com animações. Isso tudo faz com que o longa, apesar de episódico, funcione bem. Infelizmente, ainda assim o filme termina em um gancho, que cumpre seu papel de deixar o espectador com vontade de ver o próximo.

Godzilla: A Cidade no Limiar da Batalha deve entreter o público clássico, mas não tem força sozinho. O monstro pouco aparece, o que é bastante interessante, dando uma roupagem nova e atual para a lenda do lagarto gigante, além de deixar o monstro ainda mais sombrio e apavorante, já que o monstro é colocado numa posição real de um deus, trazendo questionamentos também no ramo das religiões.

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