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Crítica | O Diabo e o Padre Amorth

William Friedkin, diretor de O Exorcista, chega à Netflix Brasil com seu documentário O Diabo e o Padre Amorth. Nele, Friedkin acompanha um acompanha e registra um exorcismo real, feito por Amorth, padre de 91 anos que há 31 anos é o exorcista oficial de Roma. Assim, o diretor volta ao que parece ser um de seus temas favoritos.

No documentário de pouco mais de uma hora, o cineasta mostra o exorcismo de uma arquiteta, e vai questionar autoridades, tanto religiosas quanto da neurociência, sobre o acontecido. Assim, o documentário tenta desmistificar a sessão de exorcismo, colocando-a em um contexto científico.

O documentário se torna interessante por trazer a sessão de exorcismo filmada com uma câmera simples. Além disso, Friedkin vai ao redor do mundo para consultar pessoas sobre o ocorrido, e obtém uma resposta que o próprio destaca como surpreendente. Apesar de sua tentativa de desmistificação, o que o cineasta consegue é uma mistura interessante de ciência e espiritualidade.

Cada espectador deverá ter uma impressão própria do documentário, ou ao menos uma conclusão própria, dependendo, é claro, de seu contexto na vida. Ainda assim, o público no geral deve chegar a uma nova concepção do que é uma possessão demoníaca, e olhará aos envolvidos com outros olhos. Principalmente se o espectador for fã da obra icônica dirigida por Friedkin.

Tecnicamente o documentário é irrelevante, contando com uma bela fotografia mas sem muita novidade ou audácia para mostras. Assim, O Diabo e o Padre Amorth foca mais em seu conteúdo e na sua mensagem, o que é bastante interessante para um documentário que, despretensioso, deve deixar o público arrepiado.

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