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Green Book: o Guia | Entenda por que a vitória do filme foi tão controversa

A vitória de Green Book: o Guia com o Oscar de Melhor Filme foi uma das decisões mais polêmicas da história da Academia e o diretor Spike Lee não escondeu seu desgosto, chamando-a de “uma má decisão”.

Oscar 2019 | Produtores defendem Green Book: O Guia após vitória por Melhor Filme

Isso porque o filme utiliza-se do Complexo do Salvador Branco, mostrando Tony Lipp (Viggo Mortensen) ensinando os grandes prazeres da vida para Don Shilery (Mahershala Ali) desde comer um frango frito até sobre os grandes trabalhos dos músicos negros, algo que não foi bem-vindo por muitos críticos.

O diretor do filme, Peter Farrelly, também não ajudou a diminuir a controvérsia, afirmando em seu discurso no Oscar 2019, no domingo, dia 24, que deixava os atores livres e nunca se aproximava deles: “Eu os dava espaço”. O fato de não mencionar Don Shirley, a inspiração do filme, em seu agradecimento no palco foi outra bola fora.

O produtor Jim Burke foi além e em entrevista coletiva depois do Oscar, via The Wrap, afirmou: “Eu não posso mudar o fato de que sou branco. Mas a questão é: os brancos não podem ter um ponto de vista na desigualdade racial? Tem sido uma campanha dura.”

Outra grande crítica foi a falta de protagonismo do personagem Don Shirley (Mahershala Ali), o famoso pianista que contratou Tony para realizar uma viagem de carro em 1962 em seu próprio filme. E mais: que, por fim, o filme é seria apenas uma visão branca sobre um homem negro.

Green Book é baseada na amizade, da vida real, desenvolvida por dois homens após uma difícil jornada. O roteiro do filme foi escrito por Farrely, Brian Hayes Currie e Nick Vallelonga, filho de Tony.

Green Book: O Guia estreia em 24 de janeiro no Brasil.

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