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8 clássicos de DC e Marvel que são odiados por seus próprios escritores

Ser escritor de histórias em quadrinhos deve ser estranho. Muitas vezes, esses caras escrevem histórias sem nenhum grande compromisso e acabam ficando mundialmente famosos.

Mas apenas porque os leitores amam suas histórias em quadrinhos, não quer dizer que os criadores também gostem delas. Muitos clássicos foram motivo de decepção para seus próprios escritores.

Aqui estão oito histórias em quadrinhos elogiadas de Marvel e DC que são odiadas por seus próprios criadores. Já adiantamos: Alan Moore está na lista!

Deadpool: Pecados do Passado

Deadpool é um personagem desprezível, assustador e nojento, portanto Mark Waid sentiu que tinha bastante liberdade quando escreveu essa minissérie para a Marvel. Foi quando coisas verdadeiramente repreensíveis aconteceram.

Waid queria destacar que o mercenário tinha uma mentalidade realmente muito perturbada. Por causa disso, é uma leitura obrigatória para os fãs de Deadpool.

Apesar desse status “cult”, Waid admitiu que não teve sua melhor experiência escrevendo essa trama. Essa versão fria e cruel do Deadpool o deixou atormentado, aparentemente.

Morte na Família

Imagine um escritor de quadrinhos de sucesso nos anos 80. Ele é amplamente respeitado na indústria, portanto quando sugere matar o companheiro de um super-herói em uma votação, as pessoas simplesmente concordam.

Parece ótimo, certo? Mas foi traumatizante – e esse escritor só percebeu no que havia se metido quando começou a escrever a história.

Foi o caso de Dennis O’Neil, que sugeriu que a DC matasse Jason Todd, o Robin daquela época; mas no meio da escrita, ele teve uma crise compreensível pensando em como os fãs reagiriam àquele assassinato brutal de uma criança. Ele até tentou voltar atrás, mas não conseguiu.

Depois que foi publicada, Morte na Família virou um sucesso. O’Neil provavelmente se recuperou de suas preocupações, mas ainda assim, deve ter sido bastante estressante.

Demolidor de Frank Miller

Frank Miller inegavelmente mudou a indústria de quadrinhos para sempre, tanto pela Marvel quanto pela DC. Assim como com Batman, teve grande sucesso escrevendo Demolidor, trazendo para nós o vigilante que tanto amamos e conhecemos.

No entanto, nem tudo foi uma maravilha. Em 1979, Miller começou seu trabalho na revista da Marvel como artista, mas os gibis estavam sendo um fracasso com vendas e a editora considerava cancelar as publicações.

Ciente dessa situação, Miller ficou frustrado com o escritor da série e expressou suas reclamações, até que a Marvel resolveu dar para ele o título de roteirista. Foi aí que as vendas voltaram a crescer e o Demolidor virou um ícone.

A Piada Mortal

A Piada Mortal é uma das histórias mais aclamadas e impactantes da DC, mas o seu roteirista, Alan Moore, acha “qualquer coisa”. O escritor já contou que “não acha que é uma história em quadrinhos muito boa”, citando a pouca conexão que sentia com Batman e Coringa.

Em 2006, Moore até reclamou da escolha de deixar Bárbara Gordon parapléctica, acreditando ter sido além dos limites. A decisão foi pressionada pelos então editores da DC.

Homem-Aranha: Mais Um Dia

Homem-Aranha: Mais Um Dia foi tão controverso com os criadores que com os leitores. Quando o editor-chefe da Marvel, Joe Quesada, decidiu recontar o casamento do Homem-Aranha, os fãs odiaram a ideia.

Peter Parker e Mary Jane já tinham se casado muitas vezes, mas a Marvel queria que acontecesse mais uma vez para que o conceito permanecesse moderno. A história acabou surpreendendo os leitores, mas o escritor J. Michael Straczynski ficou decepcionado com o resultado.

Ele disse: “Havia muitas coisas com as quais eu não concordava… eu tiraria meu nome das duas primeiras edições.”

Manopla do Infinito

A paciência é uma qualidade subestimada, principalmente na indústria dos quadrinhos. Muitas vezes os executivos querem interferir de maneira direta nos produtos.

Esta foi a razão pela qual Manopla do Infinito se tornou uma disputa entre seus criadores. George Pérez, que também trabalhava na DC, ficou frustrado com a duração dos roteiros de Jim Starlin.

Pérez foi substituído na quarta edição por um artista chamado Rom Lim. Apesar de ele não ter guardado rancor (aparentemente), deve ter sido bastante decepcionante ter sido afastado tão de repente.

A Saga do Clone

A Saga do Clone estava repleta de problemas desde o começo. Para começar, uma proposta completamente obscura foi apresentada para os roteiristas, então ninguém sabia ao certo o que fazer.

Da mesma maneira, a equipe criativa ficou profundamente descontente com o desenrolar do enredo, pois Peter Parker deveria ser substituído por Ben Reilly. Uma proposta criada para simplificar o universo do Homem-Aranha se transformou numa bagunça de níveis cósmicos.

Depois que várias pessoas foram demitidas, A Saga do Clone acabou sendo cancelada. Depois disso, praticamente todos os seus eventos foram totalmente ignorados.

Watchmen

Mais de Alan Moore na lista. Watchmen é tida como a história em quadrinhos mais revolucionária e aclamada de todos os tempos, mas Moore não gosta tanto assim.

Curiosamente, o descontentamento de Moore não é com a história. Mas com as coisas que aconteceram depois que foi publicada.

Moore acreditava que os direitos da HQ voltariam a ser seus depois de um ano ou dois – depois que a DC praticamente esqueceu os personagens -, mas a editora se certificou de comprá-los. Naturalmente, a empresa passou a usar os personagens e conceitos de maneiras que irritaram muito o autor.

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